segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Já estava a ponto de tentar levantar-se e descobrir onde estava, quando a porta se abriu e um homem entrou. O desconhecido usava uma camisa esporte azul e jeans desbotado que, mesmo parecendo ser um traje casual, lhe conferia um ar másculo. Ele era muito alto, mas caminhava com a desenvoltura de um felino. Parou ao lado dela e, parecendo preocupado, estudou-a detidamente. A seguir, abriu-se num sorriso que iluminou-lhe os profundos olhos castanhos.
— Que bom que já voltou a si. Eu estava ficando preocupado.
Impressionada com o charme do sorriso e a intimidade com que ele a olhava, Ariadne não conseguiu dizer nada. De repente, lembrou-se de que precisava saber o que lhe acontecera, como fora parar ali... Fazendo um esforço, conseguiu articular uma pergunta:
— Como... como vim parar aqui...?
Nunca imaginara que seria tão difícil pronunciar uma simples frase. Não conseguiu continuar, impedida por um acesso de tosse.
Frank procurou ajudá-la a sentar-se e arrumou alguns travesseiros sob suas costas. Saiu do quarto e voltou, instantes de¬pois, com uma xícara de café, que ofereceu, recomendando:
— Beba, por favor, isto lhe fará bem.
Ariadne obedeceu, sorvendo aos poucos a bebida quente. Sentia-se um pouco trêmula, mas a tontura já passara. O líquido doce pareceu dar-lhe novo alento.
Observando-a com um semblante satisfeito, Frank puxou uma cadeira e sentou-se.
— Eu a retirei do mar. Quando chegamos à praia, você desmaiou, então a trouxe para minha casa — ele explicou, indagando-se se a expressão vivaz da garota não era o resultado do choque que ela sofrera.
— Você me salvou? Obrigada... — Ariadne murmurou, com sincera gratidão.
— Como se sente agora?
— Fraca... e imunda! — ela disse, fazendo uma careta.
Ele riu.
— Claro. O banheiro fica ali. — Apontou para uma porta fechada. — Pode usá-lo à vontade. Acha que consegue ir sozinha?
Ela anuiu com um gesto de cabeça. Frank então levantou-se.
— Bem, se é assim, vou preparar algo para você comer.
— Sabe cozinhar?
— Razoavelmente — ele respondeu, com naturalidade. E, olhando para a desordem sobre a mesa, acrescentou: — Você deve estar pensando que sou o sujeito mais relaxado do mundo... Na verdade, recebi alguns amigos ontem à noite e ainda não tive tempo de arrumar a sala.
Observou-a afastar os longos cabelos do rosto e, depois, segurar a xícara com as duas mãos para tomar o resto do café. Aparentava um ar tão inocente e frágil que Frank se sentiu dominado por uma súbita vontade de abraçá-la.

Posted by Ariadne H. @ 01:38
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